Poucos meses passados e a situação do jovem casal estabilizava, melhorava gradualmente, a condição económica já nada tinha a ver com a vivida em Portugal; não dependiam sequer dos familiares.
No plano afectivo, uma evolução que parecia não ter ponto em que estancasse, a vivência em comunhão não prejudicou o relacionamento, muito pelo contrário, tornou-o mais sólido.
O encantamento suscitado pelo jantar, um passeio junto ao rio não desprovido de inocência de Miguel, o clima estranhamente ameno, percurso finalizado com um beijo tão espontâneo como os de início de namoro e a verdadeira surpresa: uma serenata com acompanhamento de violino junto ao rio, noite iluminada, uma flor e o mistério desvendado com uma simples mão trémula no bolso do seu próprio casaco. Luísa não falava, era um nervosismo de satisfação, beija-o ela agora com a mesma veemência.
Um anel de noivado onde reflectia o brilho dos olhos lacrimejados: Amo-te! A única e bastante palavra soava aos ouvidos numa voz embargada, sincera…
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